terça-feira, 21 de agosto de 2007

Luís Pacheco

Acho que o programa já tinha sido emitido, mas só ontem vi - infelizmente metade por distracção. Independentemente do valor literário - que não questiono ou anuncio - Luís Pacheco é um personagem interessantíssimo, um verdadeiro alucinado. Cá por mim ele deveria ter posto mais tabaco nas coisas que fumava.
Retive algumas histórias, mas a mais hilariante a da tradução do Voltaire onde cada palavra que não conhecia era traduzida por um palavrão qualquer a vermelho, tendo o trabalho ido parar à tipografia com as palavrinhas vermelhas.
Também hilariante e definidor do carácter do escritor, a resposta à pergunta sobre o que dizer às novas gerações de escritores portugueses. Com um ar muito sério, pensativo, como se fosse sair dali mais uma qualquer resposta banal a perguntas banais do jornalista, sai um "olhe, puta que os pariu".
Menos hilariante, a dor clara no olhar de um dos seus filhos ao falar de seu Pai. Fez-me pensar como as nossas próprias acções têm consequências, por vezes graves, nos outros.
Curioso também. Já me entraram hoje várias pessoas pela loja adentro a perguntar se tinha coisas do Pacheco. O que me faz pensar sobre a importância deste tipo de programas na divulgação da cultura portuguesa...

1 comentário:

Ricardo disse...

desculpa o incomodo, mas és o nuno gonçalves filho do senhor gonçalves da nova eclética?se a resposta fôr negativa peço desde já desulpa