quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Eu sou pelo NÃO a estes bloguistas

Diário de um Pai - desconheço-o

cheguei cedo. não tão cedo quanto gostaria. mas mais cedo que o habitual. muito mais cedo que o habitual. e ainda assim não vos encontrei. haverá um dia em que dirão
- desconheço-o
são milhões de palavras que todos os dias leio. centenas de lombadas. capas de brochura. encadernações em marroquim vermelho. meias amador de pele. primeiras ou últimas edições. segundas. terceiras. tiragens especiais de meia dúzia de exemplares. ou de milhares. tudo isso me absorve o dia. o suga vorazmente sem que dê conta. e eu com ele. desaparecido com o folheto que se esconde por entre as grandes lombadas.
- desconheço-o
como a lua desconhece o dia. todos os dias ela espreita. quer conhecer o sol. abraçá-lo. dizer-lhe que o ama. dizer-lhe olá. eu sou a lua. eu sei que és o sol. há uma infinidade de tempo que te quero conhecer. mas chega sempre tarde. já o sol se foi. já o dia se apagou. já a noite caiu. e com ela a lua. triste. melancólica.
- desconheço-o
tento. sofro de manhã quando parto. sofro à noite quando chego. queria conhecerem-me. desconhecem-me. queria um só beijo dissesse quem sou. queria um só sussurro fosse fotografia que guardam na memória. queria uma só carícia me revelasse.
- desconheço-o
e não sabem que me esforço para vos dar tudo. e ali estão a prová-lo. o leite. as fraldas. a senhora que estudou oito anos. o colégio. o desporto. os livros. os brinquedos. e tudo afinal é tão pouco. falto eu. faltam-me a mim. a mim me fogem. são a lua do meu dia que me quer conhecer e não consegue. de quem fujo sempre. sem que o queira. simplesmente fujo com as lombadas. o marroquim vermelho. a meia amador de pele. levam-me. não quero. mas vou. tenho de ir. se não for não haverá o leite. nem as fraldas. nem a senhora que estudou oito anos.
- quem é mãmã?
sou eu. parte de vós. vós parte de mim. e ainda assim.
- desconheço-o
a mãmã ali está. todos os dias. todas as noites. todos os milímetros de vós. invejo-a. pecado mortal. preparai as portas do Inferno que para lá irei com gosto. invejo-a. que seja pecado. que me atormente a eternidade. invejo-a.
- quem é mãmã?
- desconheço-o.

terça-feira, 28 de novembro de 2006

Diário de um Pai - Vacinas

vai chorar. vai doer. dói-nos a nós. no fim acabam por se mostrar mais homens que eu. choramingam. já chegou a nem ser isso. nada. absolutamente nada. talvez mais velhos lhes custe mais. a consciência do que vão fazer impedi-los-à de querer ir. ou pelo menos manifestarão a vontade de não querer ir.
vou desmaiar. era assim que avisava a enfermeira quando se preparava para me dar a vacina. vou desmaiar. nem olhava. não queria ver. respirava fundo. procurava abstrair-me. não abstraía. é como iman. atrai. não queria olhar. mas olhava. vou desmaiar. não vais nada. vou desmaiar. comeste? comi. vou desmaiar. irritava aquilo. tenho a certeza que irritava. vou desmaiar. já está e não desmaiaste.
na escola. dia de vacinas. não custa nada. olhava para os colegas e as colegas mais nervosos e dizia. não custa nada. procurava distraí-los. não custa nada. disfarçava com isso o meu nervosismo que só alguns percebiam. vou desmaiar. não custa nada. havia os fortes. de peito levantado. olhar de frente para a enfermeira. olhar de esguelha para as miúdas. não custa nada. havia os indiferentes. tinha de ser. não valia a pena lamentar. e como também não gostavam. não merecia levantar o peito. não custa nada. havia os que tremiam ainda antes de se levantarem da cama. vou desmaiar. não custa nada.
sorrir. no fim todos sorriam. foi dia sem uma das aulas. foi dia livre. pudemos ir jogar à bola. conversar. ler o jornal que orgulhosamente se ostentava para fazer figura de intelectual. ninguém desmaiou. não custou nada. e todos nos divertimos no fim.
não estarei lá. dói-nos mais a nós vê-los serem picados. são mais homens que nós. logo irei saber que se portaram bem. serão fortes. e eu não estarei lá para ver mais um milímetro que passa. eles contar-me-ão logo no banhinho. e eu irei ficar a saber que são mais homens que eu.

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

Recordar a minha Avó

- Parabéns Avó.
hoje comemora-se o nascimento de minha Mãe.
- Parabéns Avó.
no caminho para o escritório lembrei-me de si. tenho saudade. lembra-se dos bolos que comi. das massas que mexi. dos brinquedos que me deu. do mimo e atenção que me dedicou? eu lembro.
hoje olho para a sua filha. minha Mãe. Avó dos meus filhos. e a minha esperteza de criança pedindo-lhe o que a sua filha não me queria dar. a Avó dava. às escondidas para que a sua filha só visse depois de eu já ter o brinquedo na mão.
- Parabéns Avó.
faz hoje cinquenta e dois anos que a Avó deu à luz sua filha. minha Mãe. e todo o seu percurso de vida feito de enxadas. terra cavada. vinda para Lisboa. tabuleiros de bolos. massas. ovos. cremes. subir e descer aquelas escadas da fábrica de bolos Castanheira. oferecer-me a chave do frigorífico para tirar umas fatias de torta. aquela torta que eu mais gostava. os estrunfes. os legos. os carrinhos. o dinheiro no Natal que escrupulosamente colocava num envelope na árvore lá de casa. os almoços. os jantares nos restaurantes. os copos de vinho que nunca dispensou. os risos que me provocou. as dores por que passou enfiada dias. meses. em camas fechadas ao mundo. encarceradas no espectáculo da dor. do sofrimento. enquanto senhoras de branco. homens de branco. tudo de branco. se passeavam por entre corredores de branco imunes. às vezes até indiferentes a essa dor. as operações. as melhoras. as pioras. por fim uma vida nova. um renascimento. para afinal o seu percurso de vida terminar como o de toda a gente. sete palmos debaixo de terra. choro. dor. tenho saudade.
- Parabéns Avó.
hoje sua filha. minha Mãe. é a Avó. e eu sua filha. os meus filhos vão crescendo com sua filha a querer ser a Avó. eu a querer ser a sua filha. os mesmos bonecos que eu não quero dar. escondidos de mim até se revelarem nas mãozinhas que seguram alegres pela conquista. lembro-me de mim. não posso ralhar. tenho saudade.
- Parabéns Avó.
queria que estivesse aqui. para dar os brinquedos que eu não quero dar. a somar aos brinquedos que sua filha. minha Mãe dá. dariam muitos brinquedos. muitos envelopes na árvore lá de casa. e muita alegria. tenho saudade Avó. tenho saudade.

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Diário de um Pai - A primeira papa

domingo. estava já tudo preparado para a primeira papa. foi um pouco mais cedo do que o marcado pela pediatra para que eu pudesse estar lá. queria estar lá. estive lá. mais uma fase da vida dos meninos que passa por nós sem que demos muita conta. olhamos para o lado e mais um milímetro passou.
de manhã à Missa na minha Paróquia de origem. chegados a casa preparámos tudo para o grande acontecimento. a Mamã insistiu com a máquina fotográfica. tirou uma foto. eu e o "Quico". começou bem. agarrou-se à papa com unhas e dentes. literalmente. preciso se apurar a técnica de lhe segurar na mão para não ir ao encontro da colher. "Come a papa, Joana come a papa...". não. não cantei. mas apeteceu. lembrei-me das figuras ridículas dos pais e dos traumas infatis.
o Bernardo ficou com a Mamã. comeu melhor que o maninho. o Francisco quis comer papa como mama biberon. não resulta. claro. choro aqui e ali apenas calado com a rolha da tetina que de vez em quando se metia para o ir habituando à mudança. comeram tudo. a papa e o resto do biberon. hoje há mais do mesmo. mas não estarei lá. infelizmente. a Mamã ficará com essa memória para si. é desvantagem esta de estar a trabalhar. tem de ser.
penso muitas vezes na desvantagem de ser Pai. para as mulheres é processo biológico esse o da ligação às crianças. aos seus filhos que viram nascer. aos seus filhos que sentiram crescer. aos seus filhos que lhes custou a fazer nascer. nós. ao contrário. é processo mental que muitas mulheres também esquecem. para nós a relação com os filhos é criada como se fosse uma outra qualquer relação humana. é uma interiorização de que aqueles e não outros são. de facto. nossos filhos. e pensar que aqueles são os nossos filhos não é fácil. principalmente quando não possuímos a graça de os poder amamentar. de os poder carregar no nosso ventre. de os poder trazer ao mundo. por isso é tão importante para mim estar lá nestes pequenos momentos. foi a forma que encontrei de colmatar a falha de não ser mulher. parêntisis. não interpretar mal. fim de parêntisis. e assim vou criando a minha relação com eles de Pai. de figura importante na vida deles. mas hoje não estarei lá. lamento.
estou certo que quando crescerem. quando adquirirem outras capacidades humanas que hoje não possuem. poderão até olhar para o Pai como uma figura igualmente importante na sua vida. ou até mais. mas agora. nesta fase. estou claramente em desvantagem. não estou lá. lamento.

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Diário de um Pai, 16 de Novembro

segunda feira. pediatra. aquela senhora que passou oito anos a estudar mais uns quantos durante o exercício da profissão e que por causa disso me leva uma pipa de massa da conta bancária todos os meses com o pretexto de cuidar da saúde dos meus filhos. parece-me sempre dinheiro muitíssimo bem empregue. mas não deixa de custar. estão óptimos os meninos. percentil 50/75. papas daqui a dez dias. vai ser lindo. já encomendei aventais para mim e para a Mãmã e dois babetes de tamanho XXL para os meninos. a nova cozinha irá conhecer nova iguaria. salpicos de papa pela parede chão e tecto adocicada com caretas à la carte produzidas directamente pelas lindas faces do Quico e Bernardo. pequeno parêntisis. Quico. novo diminutivo para evitar o vulgaríssimo “Chico” que é nome de macaco e de marca de biberons. fim de pequeno parêntisis. pode ser que não. a experiência promete. imagino o albúm das recordações que eu nunca tive com legenda “a minha primeira papa” por baixo da foto que zelosamente os papás lhes tiram. o pior é que o papá não é muito dado a esses “clic-clac’s”. prefere guardar nas raízes da sua memória esses momentos. como se só ele fosse o detentor da nossa memória. egoísta.
tranquilidade. foi isso que os meninos deixaram durante a consulta. despidos. tal como vieram ao mundo. não só da roupa. pareceu-me que até de preconceitos. deixaram facilmente que a senhora que passou oito anos a estudar lhes mexesse sem soltar um único som menos agradável. a senhora que passou oito anos a estudar diz que é da maior serenidade dos papás. principalmente da Mãmã que andava muito nervosa. o Papá sempre se revelou tranquilo. recordo a penúltima consulta. o “Quico” a berrar desalmadamente e o Papá conversando com ele como se o mundo se prolongasse indefinidamente. o “Quico” acabou por se acalmar. nesta última foi quase igual. não porque lhe apetecesse simplesmente refilar mas porque lhe deu dor aguda vá-se lá saber do quê. consolei-o. acalmou novamente. e lá ouvi a senhora que passou oito anos a estudar a dizer que o Papá tinha muita paciência.
paciência. tem limites. passamos o resto do dia nas compras. e eles sempre acordados. para o fim já nem o embalo do automóvel os fazia fechar o olho. chegados a casa o Papá dedicou-se ao bricolage pendurando os cortinados depois de lhes ter dado o biberon. arrotados. fraldinha mudada. fraldinha nas mãos. chuchinha na boca. prontos para dormir um grande soninho. o Papá sempre ao seu lado. conversava com eles enquanto a Mamã decidiu ir ao Intermarché fazer compras para o jantar de aniversário da Tia no dia seguinte. até que o volume do palrar transformou o palrar em birra profunda. o Papá lá foi. acalmou como pôde. nada resultou. como colinho estava fora de questão a solução foi ali ao lado ouvi-los berrar. até que o sono tomou conta da excitação e adormeceram. foi noite santa. como sempre nos deram. desde a nascença que aqueles meninos nos deixaram dormir “bem”. bem entendido este “bem” pelas Mamãs e Papás espalhados por este mundo fora.
terça-feira. dia de aniversário da Tia. trabalho para o Pai. chegado a casa. enquanto a Mãmã preparava a cerimónia cheia de pompa e circunstância. isto da arte de bem receber dá muito trabalho. o Papá lá foi todo vaidoso para dar o banhinho aos dois. já não fazia isso. dar banho aos dois sozinho. desde que a Mãmã tinha regressado do Hospital. sempre passou a ser repartido. o Papá a aquecer a aguinha. verificar a temperatura. ligar o aquecimento para que nada os atormentasse. pegar no pijaminha. preparar os biberons. medicamentos. cremes. fraldas. todo esse arsenal de coisas que é preciso. a Mãmã de volta da entrada. da sopa. do prato principal. da sobremesa. e o Papá cheio de alegria por poder estar com os meninos. há muito que o banho é dado com toda a calma do mundo. mas desde que o Papá regressou ao trabalho que o aproveita para pôr a conversa em dia. conta-lhes o seu dia. quer saber do deles. e eles ouvem e falam. e mesmo que o Papá não perceba patavina do que estão para ali a dizer. e muito menos eles o palavreado complexo e estranho que ele fala. prestamos toda a atenção uns aos outros. e assim nos ficamos a conhecer melhor. enquanto estou a dar o biberon ao Bernardo e a Mãmã faz pausa na pompa circunstancial do jantar para o Francisco dou conta das figuras ridículas que um adulto faz diante de uma criança com quatro meses. que conviniente eles não se lembrarem. Deus até nisso é bom para com os homens. lembrou-se de não nos dar a memória das figurinhas de nossos Pais. seria trauma para a vida inteira. e já chegam os maus tratos. as violações. a fome. a precaridade da saúde e da higiéne com que tantas crianças vivem por esse mundo fora.
é benção que adquire cada vez maior importância esta de ser Pai. mimar é a palavra chave. por isso tantas vezes me questiono se a minha dureza e disciplina que lhes procuro impregnar desde o seu nascimento não será fardo pesado demais. ao mesmo tempo procuro não ceder à tentação do lugar comum “são crianças”. procuro a medida de todas as coisas que é o bom senso e acima de tudo aquilo que afinal nos faz quebrar perante um sorriso doce. amor. e amar não é apenas mimar. é também ralhar quando necessário.

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

Diário de um Pai, regresso

Meninos-Ago.2006


regresso. tentar voltar ao ventre materno depois de lá termos saído passados dezenas de anos. é inútil, portanto. a nossa vida nunca mais será a mesma depois de um dia como aquele. não chorei. não ri. apenas sorri. chorar eleva a alma aos mais profundos sons da tristeza. ecos do soluçar. pingar de lágrimas. rir atira-nos por terra. todos os músculos presos a mexerem-se num estado de êxtase elevadíssimo. sorrir. parado entre o rir e o chorar. entre a felicidade suprema de uma vida nova que aí vem e a aceitação intrínseca de que essa mesma vida nova tem infelicidades profundas.
não mais tenho podido vir a este espaço. nem a nenhum outro que saia fora das quatro paredes criadas pelos meus filhos. ou das outras quatro paredes que entretanto adquirimos para lá poderem caber as deles. caixotes. caixas. caixinhas. vidas inteiras que se constroem em tantos pequenos nadas e em outros tantos pequenos lugares agora concentrados num conjunto quase interminável de cartão. o castanho passa a dominar as nossas vidas durante um grande período de tempo. é inevitável não pensar que afinal o Rossio cabe na Betesga. como foi possível juntar tanta inutilidade durante apenas seis anos de vida? tanto foi que agora a mesma tanta inutilidade se vai adicionar a outra tanta que há-de vir vindo de mansinho. atira isso pela janela! não atiro que foi o primo do vizinho da tia-avó da senhora que nos ofereceu. tem valor sentimental. serve ou não serve? ah! lá estás tu. não serve para nada. ainda assim é emparedado de castanho junto com outros tantos sentimentos. e com isto se passam dias. semanas. meses. quem sabe anos. os filhos chegarão a casa de bivaque e o castanho ainda imperará nas quatro novas já velhas paredes que levam as paredes criadas pelos meninos já homens. não tenho podido vir a este espaço. nem a nenhum outro... a culpa é das paredes.
das primeiras. das criadas pelos meninos que ainda virão castanho quando forem homens digo-vos a seguir.
crescer. acto de ficar maior inversamente proporcional ao tempo que eu passo com eles cada um dos momentos. cada milímetro equivale a mais um mês. mais uma semana. mais um dia de que não dei conta. pensava que conseguiria ver cada um desses mílimetros. mas não. quando olho para o lado em busca de um pouco de mim. ou de um pouco de nós. ou de um pouco das paredes que albergam já as criadas pelos meninos. já passou não um. não dois. mas três ou quatro milímetros. a matemática não falha. crescer faz mingar o tempo. é mesmo inversamente proporcional.
com tudo já passaram quatro meses. três consultas no pediatra. (a quarta será daqui a dias). muita cólica. muito ColliMil. muito Aero-Om. Bébé-Gel. toalhetes. fraldas. Aptamil. Vitaminas. e logo logo estarão a fazer a barba. mas o sorriso. a cada sorriso a vida muda mais um pouco. e eu sorrio também. o olhar. olho-os nos olhos e com eles lhes mostro o que o mundo me já mostrou a mim. e eles olham-me também mostrando-me o que o mundo tão diferente do meu já lhes mostrou a eles. o simples acto de pegar ou tentar pegar na chupeta que lhes foge é como vitória alcançada por mim. os discursos que oiço com atenção. parecem políticos extremistas sem votos com o entusiasmo de imaginarem plateias cheias de gente eufórica e fanática. e o beicinho. é estranho o beicinho. anuncia o choro. algo que não está bem. e no entanto deixa-me tão enternecido. tão rejubilante que o acto de rir é incontrolável. é lamentável como até com a desgraça alheia e inocente de um bébé se ri.
antes de ontem dormiram pela primeira vez no seu próprio quarto. custou mais à Mãe. foi difícil convencê-la. sou persistente e argumentativo. resultou. e está a resultar bem. Francisco. tanta cama para mim Mãe! de certeza que é tudo para mim? sim, o mano tem outra igual. Bernardo. Oh! Pai. tanto boneco. tanta coisa gira para entreter os olhos. dormiram bem. a Mãe é que não. e o Pai igualmente mal dormido no dia seguinte lá se levantou cedíssimo para a última leva de emparedamento castanho.
Pude parar um pouco para escrever. já foi mais um mílimetro. mas regressei. não igual. diferente. mas regressei.